Quem ainda imagina que agricultura familiar é uma organização social avessa ao risco, incapaz de inovação técnica e de pequeno porte por definição, não conhece um dos mais importantes fenômenos recentes da economia brasileira: a expansão do Oeste bahiano, que se estende, em grande medida, ao Piauí e ao Maranhão.
“Meu projeto pessoal de biomimetismo é aprender economia com a natureza”, afirma Hiram Murray IV, protagonista central do último livro de Jane Jacobs, já conhecida do público brasileiro por sua reflexão tão original em “Vida e Morte das Grandes Cidades”.
O norte-americano Robert Merton é considerado o fundador da moderna sociologia da ciência. Num texto de 1938, ele observa que as sociedades contemporâneas geram simultaneamente dois produtos culturais importantes: a crença no valor da verdade científica, mas, ao mesmo tempo, a desconfiança e até a hostilidade com relação tanto aos métodos como aos resultados do que fazem os pesquisadores.
A mais notável conquista intelectual do pensamento econômico na última década resume- se em uma afirmação absolutamente trivial: a história e as instituições fazem diferença, quando se trata da organização das sociedades humanas.
É com números assustadores que o fantasma do êxodo rural vem, sistematicamente, atormentar a consciência da opinião pública brasileira e reforçar a convicção arraigada de que quase nada resta a fazer: afinal, o esvaziamento dos campos é uma questão de tempo, como prova a experiência dos países desenvolvidos.
Programas de crédito visando populações de baixa renda têm como objetivo central reduzir o que as ciências sociais contemporâneas têm chamado de assimetria de informação: em termos globais, ninguém ignora que os pequenos tomadores de empréstimos tendem a ser bons pagadores e que
A sociedade brasileira não tem sido capaz de tirar partido de novas oportunidades de acesso à terra trazidas por mudanças demográficas fundamentais em seu meio rural.
O que está em jogo na discussão da Medida Provisória do Código Florestal não é a exigência de se fazer uma opção entre agricultura e preservação ou, em outras palavras, entre desenvolvimento e meio ambiente.
O protecionismo agrícola da União Européia é um tema bastante árido e não se pode ter segurança que, fora do estreito círculo dos economistas agrícolas, os próprios europeus tenham uma idéia muito clara dos rumos que estão tomando as políticas voltadas a este setor.