A questão dos limites e da desigualdade ficou fora da Rio+20

“O conteúdo do documento final é especialmente preocupante, pois reflete a resistência governamental em reconhecer que não é possível manter universalmente o pé no acelerador do crescimento econômico (ainda que sob ares verdejantes) sem comprometer ainda mais a capacidade de os ecossistemas prestarem os serviços dos quais todos dependemos”

Rio+20: análise do documento oficial

A superficialidade é a contrapartida da excessiva abrangência. Assim, parece inevitável que diante de tão grande quantidade de temas (água, mulheres, financiamento, governança, economia verde) o documento que os chefes de Estado reunidos para a Rio+20 têm sob os olhos só possa indicar, em cada assunto ao qual se volta, linhas genéricas.

A Rio+20 contra os preços mentirosos

"Embora paguemos impostos para as autoridades locais por serviços como tratamento e oferta de água ou pela disposição de lixo, os verdadeiros custos de nossos impactos ambientais continuam externalizados e não entram nas contas."

Repensar a economia. O desafio do século XXI.

“Não se trata de contestar o crescimento econômico por si só. Trata-se de fazer a pergunta que a ciência econômica habitualmente não faz: crescer para quê, para produzir o quê, para ter qual resultado na sociedade?”, questiona o professor titular do Curso de Economia da Universidade de São Paulo – USP.

O sonho da Rio+20

Os documento iniciais da ONU e o do Brasil para a Rio+20 cultivam o mito do crescimento econômico perpétuo de forma completamente acrítica