A economia da informação em rede está indo bem além do mundo da cultura e chega à produção material. A colaboração social em rede também se aprofunda cada vez mais.
Metade da população mundial encontra-se hoje em 19 países asiáticos, cujas economias foram estudadas pelo Sustainable Europe Research Institute (Seri) de Viena com base numa pergunta decisiva para o desenvolvimento sustentável: em que consiste o metabolismo que estas sociedades estabelecem com a natureza?
A superficialidade é a contrapartida da excessiva abrangência. Assim, parece inevitável que diante de tão grande quantidade de temas (água, mulheres, financiamento, governança, economia verde) o documento que os chefes de Estado reunidos para a Rio+20 têm sob os olhos só possa indicar, em cada assunto ao qual se volta, linhas genéricas.
É tão grande a quantidade de seres humanos vivendo na miséria absoluta que não pode haver tarefa mais urgente para o mundo contemporâneo que criar as bases para sua emancipação social.
A discussão central da Rio+20 será a substituição do PIB (Produto Interno Bruto) por outra medida que reflita o atual cenário da economia global, a qual não pode mais crescer infinitamente num planeta que caminha para ter 9 bilhões de habitantes.
"Embora paguemos impostos para as autoridades locais por serviços como tratamento e oferta de água ou pela disposição de lixo, os verdadeiros custos de nossos impactos ambientais continuam externalizados e não entram nas contas."
O fantasioso não é a necessidade de mudanças profundas na organização social contemporânea e sim a ilusão de que se pode persistir na maneira habitual de fazer as coisas, o chamado "business as usual".