Descarbonização da economia, preservação da resiliência dos ecossistemas e valorização sustentável da biodiversidade não são orientações de política pública às quais, por meio de leis, os agentes privados devem adaptar-se.
A característica essencial de uma economia descentralizada, em que o mercado guia a alocação dos fatores produtivos, é que os indivíduos e as empresas interagem com base em interesses próprios e a partir de conhecimento extremamente limitado dasconsequências do que fazem.
Consumidores eticamente ativos formam mais da metade dos 14.500 entrevistados em 15 países pela prestigiosa organização GlobeScan (Global Public Opinion and Stakeholder Research). A marca "comércio justo" (Fair Trade) lhes é familiar.
Integrar de maneira organicamente articulada sociedade e natureza numa mesma estrutura analítica é o que faz a atual economia ecológica e isso é ignorado pela maioria dos economistas de esquerda.
A nova economia geográfica, liderada por Paul Krugman, acertou em cheio ao mostrar, no início dos anos 1990, que os fatores produtivos não se dispersam em busca de mão-de-obra e matérias-primas baratas, mas, ao contrário, tendem a concentrar-se. Retornos crescentes, economias de aglomeração, redução de custos de transação, facilidade na troca de conhecimentos tácitos e na cooperação entre empresas explicam uma espécie de magnetismo das regiões vencedoras, que relega ao abandono tudo o que delas não faz parte.