Metade da população mundial encontra-se hoje em 19 países asiáticos, cujas economias foram estudadas pelo Sustainable Europe Research Institute (Seri) de Viena com base numa pergunta decisiva para o desenvolvimento sustentável: em que consiste o metabolismo que estas sociedades estabelecem com a natureza?
A superficialidade é a contrapartida da excessiva abrangência. Assim, parece inevitável que diante de tão grande quantidade de temas (água, mulheres, financiamento, governança, economia verde) o documento que os chefes de Estado reunidos para a Rio+20 têm sob os olhos só possa indicar, em cada assunto ao qual se volta, linhas genéricas.
É tão grande a quantidade de seres humanos vivendo na miséria absoluta que não pode haver tarefa mais urgente para o mundo contemporâneo que criar as bases para sua emancipação social.
Retomada suja: o termo não saiu da boca do Comandante Marcos, dos textos da Via Campesina ou dos discursos do Occupy Wall Street e sim de um trabalho recente de uma das mais importantes consultorias globais, a PwC.
"Embora paguemos impostos para as autoridades locais por serviços como tratamento e oferta de água ou pela disposição de lixo, os verdadeiros custos de nossos impactos ambientais continuam externalizados e não entram nas contas."
O fantasioso não é a necessidade de mudanças profundas na organização social contemporânea e sim a ilusão de que se pode persistir na maneira habitual de fazer as coisas, o chamado "business as usual".
Não é inocente o uso da palavra revolução no nome de batismo das eras econômicas. Mais do que técnicas e possibilidades de mercado, o que está em jogo na terceira revolução industrial anunciada por Jeremy Rifkin é um novo poder: partilhado, descentralizado, colaborativo
Marcovitch, professor da FEA, ex-reitor da USP e coordenador de um dos mais importantes estudos sobre aquecimento global no Brasil, a Economia do Clima