A nova economia geográfica, liderada por Paul Krugman, acertou em cheio ao mostrar, no início dos anos 1990, que os fatores produtivos não se dispersam em busca de mão-de-obra e matérias-primas baratas, mas, ao contrário, tendem a concentrar-se. Retornos crescentes, economias de aglomeração, redução de custos de transação, facilidade na troca de conhecimentos tácitos e na cooperação entre empresas explicam uma espécie de magnetismo das regiões vencedoras, que relega ao abandono tudo o que delas não faz parte.
Artigo de Ricardo Abramovay para Reforma Agrária – Revista da Associação Brasileira de Reforma Agrária – vols. 28 nos 1,2 3 e 29, no1 – Jan/dez 1998 e jan/ago 1999.