Componente socioambiental da reputação bancária

Duas características inéditas marcam o capitalismo do Século XXI. A primeira é a exposição voluntária das bases socioambientais em que se apoiam seus processos produtivos por parte de organizações empresariais. A segunda é que esse movimento de abertura dos fundamentos materiais, biológicos, energéticos e, em certa medida, sociais dos empreendimentos resulta de pressões vindas de atores que até bem pouco tempo quase não dialogavam com firmas privadas e sequer faziam delas o foco de sua ação.

Uma nova economia geográfica do consumo

A nova economia geográfica, liderada por Paul Krugman, acertou em cheio ao mostrar, no início dos anos 1990, que os fatores produtivos não se dispersam em busca de mão-de-obra e matérias-primas baratas, mas, ao contrário, tendem a concentrar-se. Retornos crescentes, economias de aglomeração, redução de custos de transação, facilidade na troca de conhecimentos tácitos e na cooperação entre empresas explicam uma espécie de magnetismo das regiões vencedoras, que relega ao abandono tudo o que delas não faz parte.